Divagações: A History of Violence

Existem alguns filmes que você vê de novo, sabe o que vai acontecer e, mesmo assim, gosta. Esses são os bons filmes, os que não cansam em u...


Existem alguns filmes que você vê de novo, sabe o que vai acontecer e, mesmo assim, gosta. Esses são os bons filmes, os que não cansam em um segundo olhar, os que são realmente bons. A History of Violence merece entrar nessa (seleta) lista.

Viggo Mortensen é Tom Stall, um pacato morador de uma pequena cidade de Indiana. Um dia, enquanto fechava seu bar, dois homens estranhos entram, insistem que querem um café e ameaçam a funcionária de Tom. Para defender a moça, ele mata os bandidos e se torna um herói local, com direito a repórteres de televisão e pessoas o esperando na saída do hospital.

Mas a vida de Tom Stall nunca mais seria a mesma. Nem a de sua mulher (Maria Bello), nem a de seus filhos (Ashton Holmes e Heidi Hayes). Seu rosto foi reconhecido e... A partir desse ponto, é melhor ver o filme. Ele pode começar num ritmo lento e ter uma trilha ligeiramente deslocada (que me faz lembrar dos bons tempos do Viggo em The Lord of the Rings), mas o desenrolar das situações acontece de maneira natural.

Ao final, é contada a história que se pretendia contar – e no tempo certo. É bom ver um filme adulto (adulto mesmo, terror adolescente não conta) que dure menos de duas horas. Talvez seja essa a principal vantagem do filme. Você não tem tempo de se cansar dele, ele envolve sem enrolar o espectador e tudo acontece em seu devido tempo, com as cargas dramáticas postas em seus devidos lugares e nas intensidades adequadas. O elenco funciona em sintonia, uma sintonia tensa que parece poder explodir a qualquer segundo, dando o clima do filme.

Ou seja, não se trata de uma obra prima do cinema. Mas A History of Violence é uma obra muito bem executada e que merece ser vista – e vista de novo.

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