Divagações: Indiana Jones and the Last Crusade

Aproveitando que o filme passou na Globo no último domingo, coloco aqui minhas divagações sobre o terceiro filme da franquia Indiana Jones ....

Aproveitando que o filme passou na Globo no último domingo, coloco aqui minhas divagações sobre o terceiro filme da franquia Indiana Jones. Vale a pena lembrar que eu não assisti na Globo, pois me recuso a ver filmes live action dublados, salvo em raríssimas exceções que nem consigo citar porque não me lembro de nenhuma.

Continuando. Eu não entendo Indiana Jones! Não que eu não entenda as histórias, afinal, elas são muito fáceis. Meu problema está com a popularidade da série. Trata-se de um entretenimento tão absurdo e cheio de furos que é complicado para a minha pessoa entender como tem gente que não se cansa de ver e rever...

A única resposta que consigo pensar é que se trata do marco de uma época, quando os blockbusters eram mais ingênuos e apostavam em altas doses de escapismo. Não acho que seja uma alternativa muito ruim, uma vez que ela até explica o fracasso do mais recente filme da série, Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull. Mesmo assim, não creio que seja o suficiente. Alguém consegue esclarecer como Jack Hunter chegou a todas as locadoras e é efetivamente locado?

O caso é que, seja aproveitando a fantasia, seja rindo dela, Indiana Jones and the Last Crusade é um filme que diverte. Nele, o famoso arqueólogo (Harrison Ford) sai em busca de seu pai desaparecido (Sean Connery). O pai, por sua vez, demonstra que a fruta não cai longe do pé, pois ele mesmo estava em uma aventura: a busca pelo Santo Graal, a taça sagrada que Jesus utilizou na última ceia e que os cavaleiros de Arthur procuraram incessantemente. No filme, um cavaleiro da última cruzada teria achado o cálice, o que explica o título (que também pode ser lido como uma referência ao próprio Indiana, que não teria um novo filme por quase 20 anos). Toda a aventura tem dificuldades extras, pois não são apenas pai e filho que buscam pelo artefato, mas os nazistas, que também dificultam muito a caçada feita em uma Europa dominada.

Há correria, tiros, comédia, romance, fugas, sacadas interessantes e falhas realmente incríveis. Pode parecer incrível, mas nada atrapalha a diversão sem compromisso prometida por George Lucas e Steven Spielberg. Talvez o grande segredo do filme esteja mesmo nessa dupla, que – em conjunto ou individualmente – trabalhou em algumas das maiores conquistas do cinema-pipoca de todos os tempos. Para entender a competência, basta comparar com outros filmes da época e perceber o capricho na execução.

Aliás, foi uma época fantástica. Ao final dos anos 80 tudo estava mudando ou prestes a mudar. Havia dramas como Born on the Fourth of July, Dead Poets Society e Sex, Lies, and Videotape. A comédia apresentava When Harry Met Sally. Os super-heróis cresciam com Batman. E o futuro nunca esqueceria de Indiana Jones and the Last Crusade, Back to the Future Part II e The Little Mermaid.

1989 foi um bom ano. É sempre bom relembrar os bons tempos...

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