Divagações: The Princess and the Frog

Eu juro que tentei assistir esse filme no cinema! Afinal, não é sempre que você tem a oportunidade de assistir na telona uma legítima prince...

Eu juro que tentei assistir esse filme no cinema! Afinal, não é sempre que você tem a oportunidade de assistir na telona uma legítima princesa da Disney em animação tradicional. Mas acabei fincando conformada com a telinha... O que foi até bom.

The Princess and the Frog é um filme fraco, que deve agradar apenas às crianças menores. Para quem, como eu, já assistiu muitos filmes da Disney fica uma sensação de que está faltando alguma coisa. Até existe uma tentativa de se chegar à magia dos clássicos, mas ela soa clichê e repetitiva. Claro que o filme não é de todo ruim. O cenário de New Orleans foi uma escolha bem interessante, assim como aproveitar a cultura local.

Ao mesmo tempo, boa parte do filme acontece no brejo. Para quem não sabe, a história acompanha Tiana (Anika Noni Rose), uma jovem simples que adora cozinhar e tem o sonho – praticamente impossível para suas condições financeiras – de abrir um restaurante. Eis que aparece na cidade Naveen (Bruno Campos), um príncipe muito bonito (e deserdado) que quer casar com uma amiga rica de Tiana para ficar com o dinheiro da moça. Nesse momento, um jogo de interesses se desenrola, o príncipe vira um sapo e Tiana o beija na tentativa de obter financiamento para o restaurante. Mas nada dá certo porque ela também vira uma sapa e eles precisam correr contra o tempo para voltarem a ser humanos e para salvar Charlotte (Jennifer Cody) de um casamento desastroso.

A trama até parece interessante, mas a falta de um romance convincente entre os protagonistas e de personagens secundários realmente interessantes acaba atrapalhando o desenrolar da história. O único que se salva é Ray (Jim Cummings), um vaga-lume que ajuda os protagonistas em sua busca por uma feiticeira do bem. Ele é apaixonado por uma estrela e esse amor resulta na melhor cena do filme.

O vilão, por sua vez, é Dr. Facilier (Keith David) e muito sobre suas trapaças pode ser tirado de seu nome. Ele traz uma boa lição para as crianças e tem um plano convincente, pena que aparece pouco. Ele deveria ter pelo menos mais uma música de impacto. Falando nas músicas... Embora o cenário seja New Orleans, as músicas dos personagens não chegam a encantar. As melhores são, sem dúvida, as instrumentais que aparecem durante todo o filme.

Assim, The Princess and the Frog não deixa de ser um filme interessante e uma boa tentativa de retomar o status da animação tradicional. É uma história para crianças pequenas que não se enquadra bem ao lado das demais princesas da Disney. Como princesa negra, prefiro a Lisa McDowell de Coming to America. Ao menos eles não tentaram disfarçar com um príncipe moreninho...

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