Divagações: Clash of the Titans

Eu já vi esse filme faz algum tempo, então não tenho muito certeza sobre a precisão dessa resenha (bom, é por isso que eu divago). Ainda mai...

Eu já vi esse filme faz algum tempo, então não tenho muito certeza sobre a precisão dessa resenha (bom, é por isso que eu divago). Ainda mais porque, convenhamos, Clash of the Titans não foi um filme exatamente memorável.

O filme é um remake de uma produção inglesa de 1981 com o mesmo título e que contava com Laurence Olivier, Claire Bloom, Maggie Smith e Harry Hamlin (quem?) no elenco. Liam Neeson, Gemma Arterton, Ralph Fiennes e Sam Worthington não devem fazer feio na comparação, mas não conseguem tirar do filme a aura de produção forçada e sem seriedade. A propósito, apenas citei nomes dos elencos, os atores mencionados não interpretam necessariamente os mesmos papéis.

Enfim, o filme conta a história de Perseus (Worthington) no momento em que descobre ser filho de Zeus (Neeson). Em circunstâncias normais isso seria ótimo (Percy Jackson e seus amigos que o digam), mas naquele momento histórico a coisa estava um pouco complicada, pois os homens estavam começando a desafiar os deuses, sempre cheios de mandos, desmandos e caprichos. O próprio Perseus não está muito feliz com as entidades e reluta bastante em aceitar sua condição de semideus.

A questão toda se complica quando os humanos inventam de comparar a beleza de Andromeda (Alexa Davalos) a de Afrodite (Agyness Deyn), o que é o estopim para que Hades (Fiennes) comece a colocar em prática seu maligno plano de usurpar o poder de Zeus. Para que isso não ocorra, Perseus se deixa guiar por Io (Gemma Arterton) na tentativa de destruir o Kraken, um monstro terrível que engoliu Jack Sparrow em Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest (olha só, minha memória não é tão ruim assim).

Segue-se, então, uma grande busca cheia de revezes e criaturas incríveis, o que poderia ser até bem interessante se não fosse a preocupação excessiva em mostrar os melhores efeitos especiais que o orçamento pode fazer. Ao mesmo tempo, são intercaladas diversas aventuras que não são muito bem explicadas e onde todo mundo vai morrendo, menos aquele cara resmungão que, por acaso, é o protagonista.

Na verdade, o maior problema de Clash of the Titans é justamente a falta de carisma de Worthington. Ele é um ator que não inspira muita confiança, mas que está trabalhando muito, então espero que isso venha a melhorar. Pelo jeito, a falta de seu corpo azul fez um pouco de falta. Não que eu esteja reclamando da versão “original” (para quem não sabe, ele é o protagonista de Avatar também).

Tirando isso (e o clímax fraco), o filme até tem seus méritos. O elenco feminino é muito elegante e charmoso, os cenários são fantásticos, os efeitos especiais fazem bonito (pelo menos no Blu-Ray, já que não vi nos cinemas) e, com uma deliciosa pipoca na manteiga, o conjunto da obra consegue divertir quem não tem mais nada para fazer (viram só que eu não falo só mal ou só bem de um filme?). Mesmo assim, acho que dificilmente terei ânimo para ver novamente esse filme, o que não quer dizer que ele não tenha me atiçado a curiosidade a respeito do original que, claro, dizem ser melhor. Alguém quer me fazer companhia para ver a versão de 1981 de Clash of the Titans?

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