Divagações: Pirates of the Caribbean - On Stranger Tides

Não vou negar que fui avisada. Várias pessoas falaram que não valia a pena ver Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides em 3D. Diziam qu...

Não vou negar que fui avisada. Várias pessoas falaram que não valia a pena ver Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides em 3D. Diziam que a imagem era escura e que isso prejudicava algumas cenas. Também ouvi que a sensação de profundidade era pequena e não chegava a impressionar. Além disso, já se fala que esse filme marca o início da decadência do 3D, tendo, inclusive, uma arrecadação de bilheteria maior nas sessões em 2D. Mas, como eu não queria esperar uma hora a mais para a próxima sessão – e porque sou curiosa –, resolvi embarcar nessa jornada.

Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides é uma aventura de piratas com todos os seus defeitos e suas qualidades. Há perigos marítimos, gente realmente estranha, gente muito bonita, crenças absurdas (e, nesse filme, tudo é verdade) e todo o tipo de coisa que já havíamos experimentado nos três filmes anteriores da série. Alguma novidade? Poucas. As únicas coisas que o filme traz como surpresa são os novos personagens e o fato de Jack Sparrow (Johnny Depp) agora ser, definitivamente, o protagonista. Ele até se sai bem, mas eu ainda acho que o personagem funcionava melhor como coadjuvante de luxo.

Dessa vez, Sparrow continua sua vida de fugitivo da polícia improvisando em fugas extravagantes e divertidas, com direito até a uma animada perseguição de carroças. No entanto, correm boatos de que ele estaria recrutando uma tripulação em Londres – e ele resolve ir conferir. Não demora muito para que nosso “herói” encontre uma conhecida de outros tempos chamada Angelica Malon (Penélope Cruz) que, como quase todas as mulheres da série, o despreza. Ela e o famoso pirata Blackbeard (Ian McShane) têm um perigoso plano para chegar à Fonte da Juventude e acreditam que precisam de Jack Sparrow, pois boatos dizem que ele já esteve por lá. No meio dessa confusão, eles nem ao menos reparam que em seu encalço está Barbossa (Geoffrey Rush), agora um corsário a serviço do rei da Inglaterra.

Obviamente, falta nessa sinopse um elemento muito importante para filmes do gênero: o romance. Eis que surgem os personagens Philip (Sam Claflin) e Syrena (Astrid Berges-Frisbey). Ele é um religioso poupado por Angelica após o assalto a um navio inimigo. Ela é uma sereia, capturada especialmente para participar do ritual da Fonte da Juventude. Claro que os dois não acrescentam muito para a história principal, mas ao menos são pessoas limpinhas e com bom senso.

No geral, o filme diverte e serve bem para o seu propósito (entretenimento familiar indolor), assim, se depender de Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, a franquia pode continuar por um bom tempo. A questão do 3D acaba incomodando mais porque o valor do ingresso é bem mais caro (ao menos por aqui) e há realmente pouca diferença. As cenas que mais se aproveitam disso são justamente aquelas que já estavam no trailer. Com relação à “escuridão” do filme, eu não cheguei a me incomodar, pois os barcos nunca foram exatamente bem iluminados. Agora, essa história de “decadência do 3D” é bastante relativa. Afinal, os filmes filmados com a tecnologia continuam impressionando – o problema são as conversões. De qualquer forma, toda novidade cansa.

Mas, relaxe! Pegue um balde de pipoca e vá assistir ao seu filme – em três ou duas dimensões – sem preocupações. Quem curte a série vai continuar curtindo e quem procura por um filme leve e ausente de compromissos pode ver sem problemas (nem é preciso ver os anteriores).

RELACIONADOS

0 recados