Divagações: Enchanted

Por alguma razão, Enchanted resolveu aparecer na minha vida de repente e muito insistentemente. O filme queria ser visto de qualquer jei...

Por alguma razão, Enchanted resolveu aparecer na minha vida de repente e muito insistentemente. O filme queria ser visto de qualquer jeito – e, como não sou boba, acabei caindo fácil em seu charme. Lançado originalmente em 2007, a obra traz uma proposta improvável para um filme da Disney, ao fazer graça com diversas histórias de princesas. Claro que essa não deixa de ser apenas mais uma, mas com características bem próprias.

Era uma vez, uma linda donzela que morava sozinha em uma cabana na floresta. Um belo dia, um príncipe aparece, eles se apaixonam e decidem viver felizes para sempre. Ele, no entanto, tem uma madrasta má que não deseja perder o posto de rainha e resolver fazer o possível para impedir essa união. Resumi o filme todo? Talvez, mas isso já é mostrado logo no princípio. A diferença está no plano da madrasta (Susan Sarandon, maravilhosa), que manda a jovem noiva, Giselle (Amy Adams), para um lugar onde não há finais felizes (vulgo, o mundo real). Obviamente, o corajoso príncipe Edward (James Marsden) e seu “fiel” escudeiro Nathaniel (Timothy Spall) resolvem ir buscar a futura princesa (ela ainda não havia se casado com o príncipe, gente!).

O choque entre os dois mundos é realmente cômico, principalmente quando se trata dos personagens principais (por alguma razão, os coadjuvantes se adaptam com maior facilidade). A total falta de noção de Giselle não demora a atrair a atenção de uma menina chamada Morgan Philip (Rachel Covey), uma criança que tem um pai que desestimula as fantasias. Robert Philip (Patrick Dempsey), obviamente, enxerga a heroína como uma maluca e não vê a hora de se livrar dela, até porque a moça começa a causar problemas em seu trabalho e em seu namoro com Nancy Tremaine (Idina Menzel). De qualquer forma, nada que uma boa faxina e algumas músicas felizes não possam resolver. A propósito, não veja esse filme se você tiver pavor de baratas. Eu mesma quase tive um acesso!

Continuando... Essa trama um tanto quanto boba e óbvia é ótima para as crianças, que devem se divertir bastante com o filme e seus efeitos especiais. Para os “grandinhos”, no entanto, a atenção deve cair sobre as constantes referências às demais princesas da Disney e as diversas homenagens. Há muita coisa oculta no filme, mas que merece ser descoberta. Várias dubladoras, inclusive, fazem participações, como Jodi Benson, Judy Kuhn e a mais conhecida, Paige O’Hara.

Mesmo não tendo sido um sucesso absoluto de bilheteria, Enchanted conseguiu se posicionar bem no box Office da época, arrecadando quase 130 milhões nos Estados Unidos (o filme custou 85 milhões de dólares). Ainda assim, fracasso está longe de ser a palavra aqui, afinal a bilheteria mundial e o carinho dos admiradores do filme e do estúdio garantiram vida longa ao filme e aos produtos relacionados. Ele alavancou a carreira de Amy Adams e, ainda, conseguiu marcar presença no Oscar com três indicações na categoria de Melhor Música. As canções, é impossível negar, são realmente memoráveis. Por trás desse trabalho estão Alan Menken e Stephen Schwartz, dois outros grandes nomes da Disney.

Assim, Enchanted mostra o que é possível fazer com uma equipe competente e disposta a entregar um bom trabalho. Mesmo sendo uma colcha de retalhos, o filme sabe rir de si mesmo e de suas referências, mantendo o bom humor e a magia. Seja bem-vindo de volta ao mundo onde todos os sonhos podem se realizar.

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1 recados

  1. ADORO esse filme! =D Sério, fui ver no cinema e, desde então, já perdi a conta de quantas vezes o assisti.

    E as músicas são realmente cativantes, principalmente aquela que a Giselle canta no Central Park. =)

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