Livros: The Art of Howl’s Moving Castle

Hauru no ugoku shiro é uma animação de 2004 dirigida e roteirizada por Hayao Miyazaki e produzida pelo Studio Ghibli . O filme concorre...

Hauru no ugoku shiro é uma animação de 2004 dirigida e roteirizada por Hayao Miyazaki e produzida pelo Studio Ghibli. O filme concorreu ao Oscar de Melhor Animação em 2006, mas acabou perdendo a disputa para Wallace & Gromit in The Curse of the Were-Rabbit – o que não muda o fato de que se trata de um belo trabalho, onde técnicas bastante tradicionais encontram apoio na tecnologia (que é bastante discreta).

Dessa forma, The Art of Howl’s Moving Castle é um livro repleto de desenhos bonitos e interessantes. Para quem gosta de analisar detalhes, é uma boa oportunidade. Também tenho a teoria de que volumes como esse são bons presentes, porque as pessoas sempre acabam pensando melhor e deixam de comprar para si os livros repletos de imagens, grandes e pesados. Com um tamanho considerável, 252 páginas e quase dois quilos, essa edição da Viz Media entra como uma luva nesse caso, ou seja, é um mimo bastante válido (para quem gostou do filme, obviamente).

Não que se trate apenas de um livro de imagens. The Art of Howl’s Moving Castle intercala os desenhos com textos dos animadores, coloristas e supervisores sobre o desenvolvimento da história, o processo de animação e a relação com o diretor Hayao Miyazaki. Embora sejam textos curtos, são depoimentos de profissionais que não costumam ter muito espaço na mídia, mas que merecem ter seu trabalho compreendido e reconhecido.

Além disso, ao final está o roteiro completo de Hauru no ugoku shiro, algo que é sempre muito bem-vindo. Com um papel mais simples e impressão em preto e branco, o texto acaba parecendo mais um brinde do que uma parte integrante do livro. O tamanho da página também não ajuda muito na diagramação, que acaba saindo do padrão conhecido para roteiros. Mesmo assim, acredito que esse texto seja essencial para compreendermos o brilhantismo de Hayao Miyazaki. Adaptando a obra de Diana Wynne Jones, ele coloca o desenvolvimento dos personagens nas sutilezas e aproveita para deixar muitas reviravoltas acontecerem dentro do espaço aparentemente curto de seu filme.

No geral, é um livro para se admirar e ter com orgulho na estante (ou na mesinha de centro). Os acabamentos não são tão caprichados e o papel não é tão bom quanto os dos livros de arte de outras companhias, como a Pixar, a DreamWorks ou até mesmo a Marvel Studios, mas The Art of Howl’s Moving Castle tem um charme próprio e muito mais conteúdo.

RELACIONADOS

0 recados