Divagações: Despicable Me 2

Em 2010, Despicable Me foi uma agradável surpresa para quem buscava por novidades em animações. O público-alvo, claro, era bem infantil,...

Em 2010, Despicable Me foi uma agradável surpresa para quem buscava por novidades em animações. O público-alvo, claro, era bem infantil, mas algumas piadas garantiam a diversão dos mais velhos – sem contar que os minions são uma graça!

De lá para cá, o estúdio Illumination Entertainment lançou o pouco inspirado Hop e o colorido Dr. Seuss' The Lorax. Assim, chegou a vez de garantir uma bilheteria bem alta com Despicable Me 2, que estreou nos Estados Unidos em pleno feriado de quatro de julho e foi uma das produções mais bem sucedidas do período. No Brasil, o filme continua enchendo as salas, mesmo com o fim das férias de inverno.

A história não traz muitas novidades. Gru (Steve Carell/Leandro Hassum) está vivendo a vida agitada de um pai solteiro de três meninas quando uma agente secreta da liga antivilões, Lucy (Kristen Wiig/Maria Clara Gueiros), resolve o recrutar para uma missão dentro de um shopping center. Eventualmente, ele acaba aceitando e desconfia que o dono de restaurante Eduardo (Benjamin Bratt/Sidney Magal) seja o vilão El Macho. No entanto, o fato do filho de Eduardo, Antonio (Moises Arias/Arthur Aguiar), estar paquerando uma de suas meninas prejudica a credibilidade de Gru junto à liga.

Com essa trama simples, todo o destaque de Despicable Me 2 vai para as piadas fáceis, que envolvem as crianças (muitas envolvendo flatulência, trocadilhos bobos e até certo preconceito), e para as referências que encantam aos adolescentes e adultos. Obviamente, os amarelinhos minions roubam a cena com frequência, especialmente enquanto cantam (confesso que, após o filme, comecei a procurar vídeos no You Tube).

A propósito, pesquisando sobre o filme, encontrei críticos que o chamam de ‘sexista’ e ‘racista’. Tenho que concordar que algumas pessoas possam sair ofendidas da sala de cinema, mas ainda espero que o bom humor e a tolerância permaneçam. Fazer piada do que é diferente é normal e saber rir de si mesmo é essencial – há um limite, claro, mas é difícil saber onde exatamente essa linha está posicionada. Não acredito que o filme tenha a intenção de ofender quem quer que seja, tendo esteriótipos bem marcados como qualquer outra obra para crianças.

Voltando ao assunto, a aventura é divertida, as piadas são engraçadas e a direção de Pierre Louis Padang Coffin e Chris Renaud está mais segura. Ou seja, não é de surpreender que o filme esteja atraindo bastante gente para as salas de cinema. Ao mesmo tempo, estou ansiosa para assistir a uma boa animação que não seja a continuação de um sucesso do passado.

Despicable Me 2, de qualquer modo, não é um filme para ser visto e revisto (exceto se você tiver menos de oito anos). Caso tenha a oportunidade de assistir em 3D aproveite e, se puder fugir da dublagem nacional, é melhor ainda. Não que as vozes escolhidas incomodem muito, mas a verdade é que os nomes do elenco original são bem interessantes, incluindo também Miranda Cosgrove, Russell Brand e Ken Jeong.

Sem surpresas, o filme se aproveita das boas ideias de seu antecessor para ser apenas bom o suficiente a ponto de garantir o sucesso de mais uma continuação – Minions já tem estreia nos Estados Unidos prevista para 19 de dezembro de 2014. Como ainda tenho esperanças no trabalho da Illumination Entertainment, espero que eles virem a página em breve e botem a imaginação para funcionar novamente. 

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2 recados

  1. Rê!|
    Não assisti o primeiro filme, mas fui na louca ver este segundo; me diverti bastante!
    Foi fácil de compreender a história - mesmo sem conhecer a primeira parte, e algumas piadas eram bem direcionadas para os adultos, haha!
    Vi a versão dublada, chorando lágrimas de sangue, pq adoro a Miranda Cosgrove, haha!
    Achei fofo!

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  2. Veja o primeiro, Rapha! É ainda mais legal!

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