O Melhor do Milênio (até agora): Gran Torino

A princípio, Gran Torino marcaria a aposentadoria de Clint Eastwood como ator. Seria uma excelente forma de encerrar a carreira com cha...

A princípio, Gran Torino marcaria a aposentadoria de Clint Eastwood como ator. Seria uma excelente forma de encerrar a carreira com chave de ouro, mas, como sabemos, ele não conseguiu parar.  De qualquer forma, não dá para ignorar a qualidade desse trabalho, que foi ignorado pelas grandes premiações na época.

A história acompanha um rabugento veterano da Guerra do Vietnã, Walt Kowalski (Eastwood), que deteste ver seu bairro tomado por orientais. Seu maior orgulho é um carro Gran Torino 1972, que acaba quase sendo roubado por seu vizinho, Thao (Bee Vang).

Se existe uma palavra para descrever o que acontece, ela é ‘intensidade’. Eastwood atua com fúria, como se não houvesse amanhã. Ele parece despertar uma criatura dentro de si e lida com todos os clichês de sua carreira ao mesmo tempo em que não se prende a nenhum deles. Trazendo novamente para as telas o homem estadunidense, branco e protestante, ele consegue dar uma verdadeira lição de atuação – e de direção.

Ao mesmo tempo em que é explosivo, o filme também é sensível. Ao mesmo tempo em que seu protagonista é preconceituoso e cruel, ele tem afeto e demonstra carinho por um rapaz hmong. Lidando com contrastes, o filme deixou de convencer algumas pessoas, mas mexeu fundo com outras tantas.

Data de lançamento: 2008
Direção: Clint Eastwood
Duração: 116 min

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