O Melhor do Milênio (até agora): No Country for Old Men

Embora haja muita coisa interessante para falar sobre No Country for Old Men , vou começar com algo que, no fundo, ninguém deixa de comen...

Embora haja muita coisa interessante para falar sobre No Country for Old Men, vou começar com algo que, no fundo, ninguém deixa de comentar: o cabelo do Javier Bardem. Em outras situações, ele seria considerado cômico, mas aqui funciona para enfatizar a loucura. Foi uma escolha acertada, mas arriscada.

Baseado em um livro de Cormac McCarthy, o filme começa quando Llewelyn Moss (Josh Brolin) encontra um bom dinheiro em uma situação suspeita – e decide ficar com ele. O problema é que começa uma caçada à grana e seu perseguidor é Anton Chigurh (Javier Bardem), um homem muito cruel e de sangue frio. Ao mesmo tempo, o xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones) corre por fora para descobrir o que aconteceu.

Com roteiro e direção de Ethan Coen e Joel Coen, a produção consegue se manter fiel ao material original ao mesmo tempo em que fica bem clara a identidade de seus realizadores. O absurdo cruza com o cotidiano e ninguém sai intacto dessa situação. Inclusive, a simples presença de algo tão ameaçador quanto Anton Chigurh, na verdade, deixa a tensão tão alta quanto em um bom filme de terror.

Repleto de reviravoltas e surpresas, o filme é uma caixinha de surpresas maldosa e incômoda. Afinal, embora traga poucos sentimentos aparentes (ou talvez justamente por isso), No Country for Old Men fala sobre as pessoas e pode tocar fundo. Em que mundo estamos vivendo?

Data de lançamento: 2007
Direção: Ethan Coen e Joel Coen
Duração: 122 min

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