Não sei exatamente o motivo, mas tenho a sensação de que Jungle vai ser uma furada. Com direção de Greg McLean, o filme é baseado em um livro autobiográfico do aventureiro israelense Yossi Ghinsberg e tem roteiro de Justin Monjo.

Basicamente, a história acompanha um grupo de desconhecidos que decide se aventurar pela parte boliviana da Floresta Amazônica. Entretanto, eles são enganados pelo guia e acabam se perdendo no meio da selva, sem comunicação e sem mantimentos.

Ainda não há uma data oficial, mas o lançamento comercial da produção é esperado ainda para 2017. Daniel Radcliffe, Thomas Kretschmann, Alex Russell, Joel Jackson e Yasmin Kassim estão no elenco.

Você já foi para a floresta?

Um dos atores mais respeitados do cinema, Tom Hanks mostrou ao longo da carreira que sabe – e gosta de – ser versátil. O ator já marcou presença em diversos gêneros, tem duas estatuetas do Oscar na estante e merece ser visto e revisto.

Na lista abaixo, elaborada pelo site The Playlist, estão 10 filmes fundamentais do ator. Caso você não tenha visto algum deles, corre lá! Clique aqui para acessar a publicação original.

• Cast Away 
• Big (imagem)
• Philadelphia 
• Toy Story 
• Saving Private Ryan 
• Road to Perdition 
• Captain Phillips 
• Charlie Wilson’s War 
• The Ladykillers 
• The 'Burbs

Não creio que não colocaram Forrest Gump!

O Cinema de Novo normalmente posta apenas pôsteres de filmes, mas vamos o Festival de Cannes é especial e também merece um espaço. Todo os anos, eles preparam uma arte muito bonita, que homenageia uma atriz. Para a 70ª edição, a escolhida foi Claudia Cardinale.

Durante o anúncio do pôster, Cardinale foi descrita como sendo “uma atriz aventureira, uma mulher independente e uma ativista social”. Entre seus filmes mais conhecidos estão C'era una volta il West, 8½, Fitzcarraldo e Il gattopardo.

O Festival de Cannes deve acontecer entre os dias 17 e 28 de maio. Além disso, Monica Bellucci irá apresentar as cerimônias e Pedro Almodóvar será o presidente do júri.


Livre!

Kôkaku Kidôtai, a adaptação de 1995, talvez tenha sido – junto de Akira –, um dos maiores responsáveis pela popularização da animação japonesa no ocidente no início dos anos 1990, além de ser uma das provas cabais de que animes também podem contar histórias profundas e relevantes. Tendo recebido inúmeras continuações e adaptações com o passar dos anos, era apenas uma questão de tempo para que Hollywood tentasse transformar o magnum opus do cyberpunk japonês em algo palatável ao público americano. Com uma versão cercada de polêmicas, sobretudo em relação ao elenco, e sob o olhar crítico dos fãs de longa data, Ghost in the Shell chega aos cinemas sem muito alarde e o resultado final é a epítome do morno.

Com algumas diferenças aqui e ali em relação ao filme original, Ghost in the Shell se passa em um futuro próximo, quando avanços na robótica permitiram o aperfeiçoamento cibernético dos humanos e até mesmo a manufatura de corpos sintéticos capazes de abrigar nossas mentes. Major Mira Killian (Scarlett Johansson) é a primeira dessa nova geração de ciborgues com um corpo completamente artificial. Ela usa seus talentos em prol da 9ª divisão de defesa de Tóquio, especializada em combater cybercrimes, sendo chefiada pelo sisudo Aramaki (Takeshi Kitano) e acompanhada por seu parceiro Batou (Pilou Asbæk). Porém, quando uma poderosa empresa de tecnologia começa a ser visada por um hacker chamado Kuze (Michael Pitt), as coisas acabam a se complicar para Major, jogando dúvidas sobre a veracidade de seu passado e seu propósito no mundo.

Infelizmente, Ghost in the Shell não soube exatamente como capturar o que tornava a obra original única e interessante, ou seja, a profundidade dos seus temas e a maneira como eles se encaixavam dentro daquele universo. A questão central não é exatamente o que nos torna humanos de um ponto de vista ontológico ou a nossa relação com a tecnologia, mas sim a história de uma pessoa tentando descobrir mais a respeito do seu passado, o que é consideravelmente mais raso e muito menos instigante do que algo que questiona a própria condição humana. Para completar, o filme subestima a inteligência do espectador ao matar as sutilezas da trama com uma personagem que só serve para entregar diálogo expositivo e revelar grandes detalhes da trama.

Porém, o longa-metragem não é de todo ruim. Existem pontos que deixam absolutamente claro o respeito que a produção teve com a obra original, principalmente o time de design, que consegue reproduzir alguns detalhes com excepcional fidelidade e acrescentar elementos que casam muito bem com o universo retratado no filme. Ainda que questione algumas decisões, especialmente a de tornar a Tóquio do filme em uma explosão de neons e hologramas – ao contrário da sociedade pós-industrial decadente que temos na animação de Mamoru Oshii –, acho que houve um equilíbrio entre a nova visão e a anterior, deixando o resultado geral bastante interessante para quem se interessa para esses detalhes visuais.

Cabe dizer também que o filme não tem exatamente os efeitos mais polidos e, apesar do esforço no design, a execução não é impecável. As coreografias de ação sofrem um pouco com isso, não conseguindo transmitir a mesma dinâmica e inventividade que a mídia animada tinha, apesar das tentativas de reproduzir sequências do modo mais literal possível – com graus variados de sucesso. Particularmente, acho que a primeira cena de ação consegue ser até melhor que a original, emprestando um pouco do design das geishas robóticas que vimos na série de televisão Kôkaku kidôtai: Stand Alone Complex.

Ironicamente, um dos pontos mais criticados antes do filme estrear é justamente um dos que menos incomoda. Mesmo que exiba um elenco majoritariamente branco para uma obra primordialmente japonesa, o filme encontra saídas interessantes para tornar essas escolhas o menos intrusivas possível, inclusive oferecendo uma explicação para a mudança da etnia da protagonista. O próprio time da Seção 9 é multicultural, dando a entender que o futuro é cada vez mais cosmopolita, sendo que sou obrigado a admitir que Pilou Asbæk foi uma escolha muito acertada para interpretar Batou. Scarlett Johansson, por fim, não fede nem cheira no papel – talvez se esforçando demais para dar o tom estoico da personagem, mas sem avançar mais do que isso em uma análise mais psicológica.

Ainda que fique feliz em ver um cyberpunk de verdade de volta aos cinemas – e que essa seja uma adaptação competente do material original – Ghost in the Shell continua sendo bastante tépido, não sabendo aproveitar as maiores forças do gênero. Ainda que passe longe de ser um insulto aos fãs, o filme se mostra como uma obra mais fraca, sem o mesmo peso do original e com aquela impressão de que a obra foi pasteurizada para o público ocidental. Se você não viu a animação, ela ainda se sustenta e continua recomendadíssima, servindo como uma porta de entrada muito mais apropriada para a franquia do que o live-action. Mas, se você já viu, Ghost in the Shell é absolutamente dispensável.

Outras divagações:
Snow White and the Huntsman

Texto: Vinicius Ricardo Tomal
Edição: Renata Bossle

A ideia de um fantasma que realmente anda por aí coberto por um lençol com buracos no lugar dos olhos pode dar a impressão de que esse é um filme de comédia. Mas basta começar a ver o trailer de A Ghost Story para entender que esse não é o caso. Na verdade, a produção é um drama com elementos de fantasia e romance – além de uma pitada de algo meio macabro.

Mara (Rooney Mara) é uma viúva em luto que está sendo seguida pelo fantasma de seu falecido marido (Casey Affleck). Ele, por sua vez, está tentando se reconectar com as pessoas que ama à medida que o tempo passa.

Will Oldham, Sonia Acevedo, Rob Zabrecky, Liz Franke e Kesha (!) completam o elenco, enquanto a direção e o roteiro são de David Lowery. A estreia nos Estados Unidos está marcada para 07 de julho, mas ainda não há uma data confirmada para o Brasil.

É clichê, mas assusta.

A Lista A é um conceito bem estranho de Hollywood. É, basicamente, o crème de la crème da indústria, reunindo os atores mais populares, bem pagos e conceituados. Ela é também muito variável e não acho que exista alguém que possa dizer efetivamente quem está ou não nessa seleção. Ainda assim, o pessoal do site The Guardian afirma entender mais do que eu sobre o assunto (o que não é difícil, diga-se de passagem).

Dessa forma, eles selecionaram alguns nomes que já caíram da Lista A, mas que podem voltar ao longo de 2017 – desde que tudo corra como o planejado. Confira os nomes abaixo e, para saber mais, clique aqui.

• Debra Winger 
• Val Kilmer 
• Michelle Pfeiffer 
• Elisabeth Shue 
• Adam Sandler 
• Goldie Hawn 
• Halle Berry (imagem)

Dando a volta por cima.

Já faz tempo que ando ansiosa por qualquer coisa relacionada a Valerian and the City of a Thousand Planets. Dirigido por Luc Besson, esse longa-metragem traz um visual impressionante e, considerando que o cineasta já levou coisas maravilhosas para as telas antes, capazes de levar nossa percepção sobre o gênero para um próximo nível.

Na história, forças obscuras ameaçam Alpha, uma vasta metrópole que abriga espécies de mil planetas (o que explica o título). Assim, os agentes especiais Valerian (Dane DeHaan) e Laureline (Cara Delevingne) devem correr para identificar a ameaça e garantir não apenas a segurança de Alpha, mas o futuro de todo o universo.

Clive Owen, Ethan Hawke, Rihanna e John Goodman também fazem parte do elenco. A estreia no Brasil está marcada para 10 de agosto de 2017.

Alguém falou em The Fifth Element?

Se você é uma pessoa adulta e tem medo de palhaços, é bem provável que Stephen King seja o culpado (ainda que indiretamente). O autor é responsável por It que finalmente chega aos cinemas – aliás, se você viu uma adaptação anterior, saiba que se trata de um especial em duas partes feito para a televisão.

Sob o comando do diretor Andrés Muschietti, a história se passa em uma pequena cidade no Maine e envolve sete crianças do “Clube dos Perdedores”. Elas precisarão enfrentar não apenas seus problemas já existente, mas também um monstro-palhaço chamado Pennywise (Bill Skarsgård).

A estreia no Brasil está prevista para 07 de setembro. Não é exatamente Dia das Bruxas, mas convenhamos que é um bom feriado para um filme de terror.

Que balão simpático!

ATUALIZAÇÃO: Se você for uma pessoa corajosa, dá para encarar o trailer!

Depois de estrear no Festival de Toronto do ano passado, Below Her Mouth teve passagens por diversos festivais pelo mundo e recebeu um lançamento em número limitado de salas no Canadá. Agora, a produção tem lançamento confirmado para abril na Alemanha e nos Estados Unidos, mas a distribuição ainda está longe de alcançar uma escala muito maior (e incluo o Brasil nessa).

Com direção de April Mullen e roteiro de Stephanie Fabrizi, o filme conta a história de um relacionamento inesperado entre duas mulheres. Jasmine (Natalie Krill) é uma bem-sucedida editora em uma publicação de moda e está planejando seu casamento com Rile (Sebastian Pigott) quando Dallas (Erika Linder) entra em sua vida. Juntas, elas passam a reavaliar aspectos de suas vidas – e o noivado, é claro, fica ameaçado.

F for Female.

Talvez o título acima engane um pouco. O colunista Dan Schoenbrun, da Filmmaker Magazine, fez uma seleção de filmes dos Estados Unidos a serem lançados ao longo de 2017, devidamente ranqueados pela ansiedade que ELE tem de conferir às produções. Ainda que não corresponde à vontade da maior parte das pessoas, a seleção agrupa uma variedade de produções independentes que devem se destacar no circuito de festivais.

Para conferir mais detalhes sobre os filmes e ler as justificativas do autor, clique aqui. Abaixo, seguem os primeiros 15 títulos.

• Projeto ainda sem título de Paul Thomas Anderson 
• Movie No. 1 
• Kuso 
• Under the Silver Lake 
• Beach Rats 
• Two Plains and a Fancy 
• Golden Exits
• Get Out 
• The Reagan Show 
• A Ghost Story 
• Wonderstruck 
• Good Time 
• The Strange Ones 
• Where is Kyra? 
• Casting Jon Benet (imagem)

Para ficar só na vontade.

Sinceramente, torci o nariz quando anunciaram o nome de Alicia Vikander como a protagonista de Tomb Raider. Tudo bem que a atriz precisa pagar as contas, mas imaginei que ela poderia encontrar personagens melhores em Hollywood (ou outras partes do mundo!). Mas parece que tem gente se opondo à escolha por não considerar a atriz ‘bonita’ o suficiente. Gente, vocês têm olhos?

Com direção de Roar Uthaug, o filme deve ser uma espécie de história de origem para a heroína. Lara Croft (Vikander) está em busca de seu pai (Dominic West), que desapareceu em uma ilha chinesa enquanto buscava por um objeto lendário. Para ajudá-la em sua missão, ela recruta um velho amigo de seu pai, Lu Ren (Daniel Wu), mas a viagem tem consequências desastrosas.

A estreia nos Estados Unidos está prevista para 16 de março de 2018 – ou seja, mais imagens virão no futuro –, mas ainda não há uma data para o lançamento no Brasil.



Chuta eles, Alicia!

O ano passado foi realmente cheio de compromissos para o ator irlandês Brendan Gleeson. Ele esteve nos cinemas com Alone in Berlin, Trespass Against Us, Live by Night e Assassin's Creed. Mas parece que o ritmo deve diminuir um pouco ao longo dos próximos meses!

A princípio, para 2017, ele está confirmado apenas em Hampstead e Paddington 2. Obviamente, isso não quer dizer que o ator esteja parado, uma vez que ele está atuando na televisão e está negociando sua participação em The Homeless World Cup.

Na locadora:
Harry Potter and the Goblet of Fire
In Bruges
The Secret of Kells
Edge of Tomorrow


62 anos.

Quando na dúvida, minha recomendação geral é esperar o filme sair em Blu-Ray ou na Netflix. Afinal, para quê gastar o preço do ingresso com algo que pode simplesmente não valer a pena para você? Com Beauty and the Beast, eu tinha muitas dúvidas antes de pisar na sala de cinema. O filme não foi muito bem recebido inicialmente, mas acabou ganhando tração e não vi um consenso claro entre a opinião de pessoas em quem normalmente confio.

A história é exatamente a já conhecida. Belle (Emma Watson) é uma garota sonhadora que se sente deslocada em uma pequena cidade francesa. Quando seu pai, Maurice (Kevin Kline), acaba sendo feito prisioneiro em um castelo, ela se oferece para tomar seu lugar e fica sabendo que o local é amaldiçoado. Todos os funcionários foram transformados em móveis e itens decorativos (que podem se mexer e falar à vontade), enquanto o príncipe (Dan Stevens) assumiu uma forma bestial. A transformação está prestes a se tornar permanente, pois ninguém conseguiu quebrar o feitiço, mas ela pode ser a peça que faltava. Ao mesmo tempo, os moradores da cidadezinha, liderados por Gaston (Luke Evans), estão se organizando para ir ao castelo e matar a fera que o habita.

Mas será que esse é um filme sem graça, simplesmente feito com base em uma decisão marqueteira e gananciosa da Disney? É fiel à animação? E essa fidelidade (ou falta de) é um fator positivo ou negativo? A ‘polêmica’ envolvendo o personagem gay tem algum fundamento? Além disso, a história tem uma natureza complicada por si só. Ver ela com atores de verdade vai deixar uma incômoda sensação de que se trata de um caso de Síndrome de Estocolmo? É um musical ou não? A escolha da Emma Watson foi acertada para o papel? Aliás, o restante do elenco é bem interessante. Mas eles entregam alguma coisa ou são apenas participações especiais de luxo?

Depois de ter ido conferir, vou responder aos meus próprios questionamentos! Sim, o filme não precisaria existir e faz parte dessa estratégica estranha, mas bastante lucrativa da Disney, que está refilmando/reinventando suas animações mais queridas. Ao mesmo tempo, se você já viu a animação diversas vezes e o que você busca é justamente uma forma de rever essa história como se fosse a primeira vez (ou quase isso), Beauty and the Beast é um bom caminho.

Aliás, a produção é bastante fiel à original. Há muitos enquadramentos idênticos e, obviamente, os temas musicais são explorados à exaustão. Isso faz com que até corações em dúvida – como o meu – não demorem a se render à magia do filme e acabem se entregando a uma produção que, é preciso admitir, está se esforçando para contar uma história muito amada. Há, obviamente, algumas diferenças e elas funcionam para ajudar na fluidez do filme, fazendo pouca diferença no contexto geral. A mudança mais marcante talvez seja o eterno inverno que rodeia o castelo (já que, no filme de 1991, as estações ficavam bem claras), mas isso ajuda a criar uma estética própria para o lugar e também impacta em outro ponto, que comentarei adiante.

Dito isso, a suposta ‘mudança’ na sexualidade de LeFou (Josh Gad) – vamos combinar que ela não era clara desde o princípio – é usada de uma forma bastante leve e funciona como um alívio cômico nas poucas cenas em que é explorada. Sinceramente, achei que deixar essa situação clara dá uma perspectiva bem mais interessante para o personagem, que vai de um oprimido braço direito de Gaston para alguém bem mais empoderado. Ao final das contas, é um arco dramático coadjuvante que se enquadra muito bem no todo. E se você é um pai que se preocupa com isso, eu tenho dó dos seus filhos (é um filme da Disney sobre uma mulher e uma criatura que nem é exatamente humana e você se preocupa com dois homens juntos?).

Aproveitando a deixa, o filme tenta se desviar sempre que possível das possíveis acusações de que Belle sofre de Síndrome de Estocolmo. Isso envolve não a colocar em uma posição de vulnerabilidade diante de seu captor e, também, em diminuir desde o princípio o caráter ameaçador dele. Para isso, temos as opiniões dos funcionários do castelo e uma justificativa mais emocional para a prisão de Maurice. Além disso, o eterno inverno (disse que iria voltar para esse ponto!) minimiza a sensação de passar do tempo, dando a impressão de que a moça passa apenas alguns dias no local, em vez de vários e vários meses como ficava evidente na animação.

Com relação às músicas, elas não são apenas pano de fundo nessa adaptação. A produção sabe que essa história funcionou muito bem nos palcos como um musical e decidiu se aproveitar disso aqui também. Há ainda mais canções que na animação e, em determinados momentos, o filme chega a ter música atrás de música. Ou seja: esse é um prato cheio para quem gosta do gênero.

Tendo isso em mente, muita gente se questionou se Emma Watson era realmente a melhor escolha para interpretar a heroína. A verdade é que ela não é a atriz mais bonita disponível e nem a com maior poderio vocal – dois aspectos essenciais para o longa-metragem. Mas acho que, aqui, temos outro ponto a considerar: o que ela representa. Watson carrega consigo a imagem de uma jovem esforçada, estudiosa e corajosa. Tanto em sua personagem mais conhecida – Hermione Granger, alguém? – quanto em sua vida pessoal, ela lutou pelas causas em que acredita e expressou a importância dos livros. Nesse ponto, talvez não aja ninguém que seja mais adequada para levar Belle aos cinemas.

Para completar, todo o elenco de Beauty and the Beast foi composto por nomes estelares. Há quem se incomode (e não sem razão) com o falso sotaque francês de Ewan McGregor, mas isso ficou ótimo para dar um caráter canastrão a Lumière. Outra escolha particularmente interessante foi Emma Thompson. Sua Mrs. Potts é uma mãezona com um humor muito particular, de modo que não consigo pensar em uma opção melhor. Infelizmente, talvez Cogsworth (Ian McKellen) seja o personagem que mais sofreu com as mudanças. Mas Audra McDonald, Stanley Tucci e Gugu Mbatha-Raw, ainda que em papéis menores, também encontram seus momentos para brilhar. De maneira geral, cada membro do elenco conseguiu deixar sua marca no filme.

Resumindo: eu me rendi a Beauty and the Beast. Por mais que eu não esteja muito feliz com essa onda de adaptações das animações que marcaram a minha infância, preciso admitir que a Disney está fazendo trabalhos caprichosos e cuidados, entendendo as demandas de cada público e atingindo seus objetivos. Essa produção poderia ser completamente diferente. Uma adaptação do musical da Broadway, com vozeirões poderosos, por exemplo, poderia funcionar bem. Mas optar por valorizar as ideias, os personagens e o humor com tanta força quanto a dedicada às canções acabou se mostrando o caminho mais acertado.

Eu costumo dizer que, todos os anos, surge um novo filme de boxe. Pode até ser que, às vezes, a luta varia um pouco, mas a verdade é que o cinema é bastante apegado ao esporte, relacionando-o a grandes dramas interiores, familiares ou até mesmo sociais. Segundo o site The Playlist, há muitos motivos para a popularidade do boxe: é relativamente barato de filmar, proporciona uma performance física impressionante para o protagonista (normalmente masculino, diga-se de passagem) e é bastante fácil de entender.

Abaixo, confira os 25 filmes que o site considerou como as melhores produções sobre boxe. A lista completa está aqui.

• Raging Bull
• When We Were Kings (imagens)
• Rocky 
• Hard Times 
• Fat City 
• The Fighter 
• Million Dollar Baby 
• The Set-Up 
• Ali 
• Cinderella Man 
• Requiem for a Heavyweight 
• Body and Soul 
• The Harder They Fall 
• Creed 
• Girlfight 
• The Hurricane 
• Boxing Gym 
• Somebody Up There Likes Me 
• Kizzu ritân
• Tyson 
• The Boxer 
• Champion 
• Gentleman Jim 
• The Champ 
• Resurrecting the Champ

Um soco de direita.

Ainda estou curiosa para saber exatamente como a Marvel pretende trazer aos cinemas uma nova versão de um herói que já teve dois filmes de origem. O que vimos em Captain America: Civil War pode até dar uma noção do tom que será adotado, mas um longa-metragem inteiro é bem diferente de uma participação especial.

De qualquer modo, a promessa é que veremos Peter Parker (Tom Holland) tentando se equilibrar entre a vida de super-herói e a rotina normal de um adolescente. Além disso, é provável que voltemos a ver um pouco da dinâmica entre a tia do garoto, May (Marisa Tomei), e Tony Stark (Robert Downey Jr.).

Jon Favreau, Donald Glover, Michael Keaton, Logan Marshall-Green, Zendaya e Tony Revolori também fazem parte do elenco. A estreia no Brasil está marcada para 06 de julho.



Susse no mousse.

ATUALIZAÇÃO: O pôster abaixo não é oficial (foi feito por um fã), mas ele é muito divertido e não consegui resistir!

Mesmo estando previsto para estrear nesta semana em boa parte do mundo (o que inclui o Brasil), Ghost in the Shell acabou de ganhar mais um trailer. O vídeo apresenta um resumo da premissa do longa-metragem e, como não poderia deixar de ser, foca nos dilemas da personagem interpretada por Scarlett Johansson – ao mesmo tempo em que ressalta o caráter internacional do elenco, que ainda inclui Pilou Asbæk, Takeshi Kitano, Juliette Binoche e Michael Pitt.

Na trama, Major (Johansson) é uma humana que foi resgatada de um acidente trágico, sendo ‘melhorada’ ciberneticamente para atuar como uma soldada e combater os criminosos mais poderosos do mundo. Entretanto, ela começa a questionar sua própria natureza quando seu inimigo é alguém que luta contra os próprios avanços na tecnologia cibernética.

A direção é de Rupert Sanders. Para quem quiser saber mais, os quadrinhos originais são de Masamune Shirow e há uma animação de 1995 que se baseia na mesma história.

Uma missão duvidosa.

Justice League está fazendo uma verdadeira campanha para o lançamento de seu próximo trailer, que sairá amanhã (25). Embora eu ache que exista certo exagero nisso tudo, o esforço garante que mais atenções se voltem para a produção. Só espero que o vídeo realmente traga novidades!

Uma das peças dessa divulgação é o pôster abaixo que, inesperadamente, não foca nos heróis, mas no logotipo do filme em si. É bonito, mas talvez seja um pouco desnecessário a essa altura do campeonato – afinal, as caracterizações não são mais um segredo.

O longa-metragem, por sua vez, será lançado em 16 de novembro. Gal Gadot, Ben Affleck, Jason Momoa, Henry Cavill, Ezra Miller, Amy Adams, Amber Heard, Diane Lane, Jeremy Irons, J.K. Simmons, Willem Dafoe, Jesse Eisenberg e Ciarán Hinds estão no elenco. A direção é de Zack Snyder.

Torcendo o nariz para essas texturas.

ATUALIZAÇÃO: Além do pôster, também foram lançados vídeos curtas que exploram os heróis separadamente.

Terrence Malick é um cineasta que gosta de impressionar visualmente. Mas ele não faz isso com base em efeitos espaciais mirabolantes; a preferência é por paisagens fantásticas e enquadramentos de câmera certeiros – ou por detalhes cheios de significados.

Com um olhar atento, o site The Playlist selecionou 15 das cenas mais bonitas presentes em filmes do diretor. É uma lista que só tende a crescer. Clique aqui para as imagens.

• Badlands: a casa de bonecas em chamas
• Knight of Cups: os cachorros nadando
• The Thin Red Line: o pássaro ferido
• Days of Heaven: o enxame (imagem)
• The Tree of Life: o adulto segurando um pé de criança
• The New World: a primeira vista
• To The Wonder: a escada e as portas
• The Tree of Life: o dinossauro misericordioso
• Days of Heaven: as silhuetas contra o fogo
• The Thin Red Line: a coluna em marcha
• The Tree of Life: o menino na cortina
• Badlands: Kit (Martin Sheen) e o horizonte
• The Thin Red Line: os raios de sol passando pela folha
• The New World: Pocahontas (Q'orianka Kilcher) na Inglaterra
• The Tree of Life: as salinas planas

Pérolas.

Existem filmes que realmente capricham na hora de fazer seus materiais de divulgação – e Alien: Covenant é um deles. A produção já havia impressionado com uma homenagem à produção original e, agora, essa nova imagem (com claras influências renascentistas) bem que poderia virar uma escultura.

A história acompanha a tripulação de uma nave colonizadora que descobre um paraíso até então desconhecido da humanidade. Entretanto, o local abriga uma terrível ameaça e os humanos fazem uma tentativa desesperada de fuga.

Dirigido por Ridley Scott, o filme traz um elenco bem especial (mesmo que não esteja se aproveitando muito disso na divulgação), que inclui Michael Fassbender, Katherine Waterston, James Franco, Noomi Rapace, Guy Pearce, Billy Crudup, Carmen Ejogo, Danny McBride e Demián Bichir. A estreia no Brasil está marcada para 18 de maio.

Beleza macabra.

Suponho que muita gente vai se divertir com Baywatch, mas fiquei com a sensação de que tentaram usar as melhores cenas no trailer – e que, mesmo assim, ele está deixando a desejar. Mas talvez seja culpa minha por nunca ter gostado muito da série original só para começar, de modo que nem uma tentativa de ‘restaurar a marca’ vai conseguir me fazer embarcar.

Com direção de Seth Gordon, a produção traz o guarda-vidas veterano Mitch Buchanan (Dwayne Johnson) tendo que lidar com um novato, Matt Brody (Zac Efron), ao mesmo tempo em que ajuda a polícia com uma investigação. Alexandra Daddario, Priyanka Chopra, Pamela Anderson e Ilfenesh Hadera também fazem parte do elenco.

A estreia nos Estados Unidos está marcada para 26 de maio, mas o lançamento comercial no Brasil deve acontecer apenas em 15 de junho.

Chegando às vésperas do inverno.

Uma das franquias favoritas do Temperatura Máxima está chegando a seu quinto filme. Mais uma vez sob o comando de Michael Bay, Transformers: The Last Knight deve estrear no Brasil (e em diversos outros países) em 22 de junho.

De acordo com a sinopse oficial, em meio a mais uma guerra entre humanos e transformers, não podemos mais contar com o apoio de Optimus Prime (Peter Cullen). Resta, então, fazer um mergulho histórico e tentar entender porque essas invasões continuam acontecendo.

Mas não se preocupe: a história deve continuar a não importar muito, sendo apenas uma desculpa para muitas explosões e correrias. Aliás, esse pôster só está aqui porque ele é bem interessante visualmente (e porque tem gente tentando tirar informações sobre a trama a partir dele).

Gemma Chan, Mark Wahlberg, Isabela Moner, John Goodman, Stanley Tucci, Anthony Hopkins, Laura Haddock, Josh Duhamel, John Turturro e Ken Watanabe estão no elenco.

Vai ter um dragão de três cabeças?

Eventualmente surgem essas listas com as promessas do cinema para os próximos anos. Nem sempre todos os nomes conseguem se manter na carreira, mas saber o que os jovens talentos estão fazendo é sempre uma boa maneira de entender para onde os filmes estão caminhando. Isso sem contar que é muito legal poder acompanhar a evolução de um profissional!

Para quem quer fazer uma dessas coisas, o site The Playlist selecionou 20 profissionais – entre diretores, roteiristas e cinematógrafos – que merecem atenção. Clique aqui para saber mais.

• Lucia Aniello
• Babak Anvari 
• Lol Crawley 
• Garth Davis 
• J.D. Dillard 
• Julia Ducournau 
• Matt Duffer e Ross Duffer
• Deniz Gamze Ergüven 
• Bérénice Eveno 
• Ciro Guerra 
• Eric Heisserer 
• Anna Rose Holmer 
• Kirsten Johnson (imagem) 
• Hong-Jin Na
• Emily A. Needell 
• Julius Onah 
• Sang-ho Yeon
• Larkin Seiple 
• Sophia Takal 
• Roar Uthang

Gente de talento!

Eu sei que eles existem, mas não conheço bem os livros originais de Dav Pilkey (e, inclusive, tenho uma tendência a pensar no personagem errado). Ainda assim, gosto muito da ideia de Captain Underpants: The First Epic Movie, afinal, os super-heróis inventados por crianças – ainda que ficcionais – são sempre os melhores!

Nessa história, dois meninos que adoram uma traquinagem (Kevin Hart e Thomas Middleditch) acabam hipnotizando o diretor da escola (Ed Helms), fazendo com que ele se transforme em um super-herói que eles mesmos haviam criado para suas histórias em quadrinhos.

A produção, que tem direção de David Soren, terá estreia comercial no Brasil em 1º de junho.

Capitão Ovo!

A série Power Rangers é mais uma daquelas muitas influências que definiram a minha bagagem cultural infantil, ainda que não tenha sido a primeira franquia do tipo a mexer com a minha imaginação – deixo esse mérito para Dengeki sentai Chenjiman. Mas dou a devida importância à série da Saban, por ter suprido o imaginário ocidental com seus robôs gigantes e monstros de borracha após a morte da Rede Manchete e da Tikara Filmes, responsáveis por trazer os tokusatsus japoneses diretamente da fonte.

O maior problema é que os americanos não pareciam ter muito respeito pelo que, ao menos para mim, tornava essas obras interessantes. Constantemente, eles faziam escolhas questionáveis para tornar esses programas palatáveis ao gosto ocidental, quando parte do seu apelo era justamente o senso de completa estranheza do formato japonês. Não é à toa que toda vez que a Saban encasquetava de lançar algo por sua conta e risco, como o terrível Mighty Morphin Power Rangers: The Movie, de 1995, o resultado era próximo do desastroso.

Isso me tornou cético à ideia de uma nova geração de rangers reimaginada para os cinemas, ainda mais porque os designs pareciam me afastar cada vez mais da produção. Então, não há como me condenar por ter ido ver Power Rangers com um pé atrás.

Diferentemente da série de TV, onde todos os rangers já são os caras mais legais da escola, temos aqui um grupo de adolescentes cheios de problemas e questionamentos sobre a vida. Jason (Dacre Montgomery), um quarterback famoso e queridinho da cidade, acaba interrompendo a sua promissora carreira depois de uma brincadeira dar errado; suspenso do time, ele está em detenção escolar por tempo indeterminado. Lá, ele conhece Billy (RJ Cyler), um garoto autista e constantemente provocado por outros alunos, e Kimberly (Naomi Scott), que também passa por um momento difícil na escola. Devido a uma série de coincidências, o trio acaba se encontrando com Zack (Ludi Lin) e Trini (Becky G.), outros adolescentes da cidade, em uma pedreira abandonada. Nesse local, o grupo descobre uma série de artefatos enterrados que os levam até Zordon (Bryan Cranston), uma entidade alienígena dedicada a proteger a vida na Terra e deter a vilã Rita Repulsa (Elizabeth Banks).

Conceitualmente, o filme não se difere muito do que poderíamos esperar de uma nova origem para os rangers. O grupo vai lentamente aprendendo a trabalhar em equipe e a dominar seus poderes para enfrentar as ameaças que os cercam – quanto a isso, a obra é formulaica e previsível, ficando dentro daquilo que, convenhamos, Power Rangers sempre foi. Porém, a grata surpresa é perceber o quanto a parte mais humana da obra é bem trabalhada. Com um elenco entrosado e uma pegada Breakfast Club, o filme consegue efetivamente colocar personagens diferentes com preocupações que soam bastante realistas para interagir. Como um filme sobre adolescentes crescendo e aprendendo uns com os outros, tudo é muito bacana.

O problema começa com a parte fantástica da coisa, que se perde ao tentar colocar maturidade em uma proposta ridícula, que só se sustenta quando acompanhada de uma proposta mais lúdica. Ao contrário de sua contraparte televisiva, que pelo menos admite que não é algo para se levar a sério, o filme Power Rangers tenta o tempo todo nos fazer acreditar naquele universo como algo sério e com perigos reais.

O visual do longa-metragem é excessivamente sombrio e sujo, os cenários têm um aspecto mais industrial e o design de produção é absolutamente terrível – armaduras, inimigos e robôs: tudo é sem graça, sem identidade e sem um pingo de charme. As lutas são mal coreografadas e com uso excessivo de CGI. Ainda pior é o clímax com seu monstro gigante que tem vergonha de ser um macaco em uma armadura dourada, em um embate final digno das piores partes de Transformers. Para completar, o fato de Elizabeth Banks não meter medo em ninguém não ajuda nem um pouco a evitar essa impressão.

Assim, falta aquele charme mambembe dos efeitos práticos, aquele senso de materialidade que, ao menos para mim, torna tudo mais interessante. E olha que nem é preciso ir muito longe para ver um filme que contornou isso muito bem, já que Kong: Skull Island consegue colocar monstros para brigar com um visual estilizado e limpo. Ou seja, se eu quiser ver robôs gigantes lutando, é mais recomendado esperar pelo eventual lançamento de Pacific Rim: Uprising do que depender de diretores sem uma clara paixão pela destruição em massa que os mechas geram por aí.

Power Rangers não é um desastre e talvez converse bem com essa nova geração que pode considerar constrangedores justamente os pontos que eu considero os mais charmosos do original. Mesmo assim, não deixa de ser um filme de ação medíocre com algumas pitadas de elementos legais. Para os fãs de longa data não há muito o que se ver, salvo uma ou duas boas referências ao original e a esperança meio vazia de que uma possível continuação consiga ser melhor e aproveitar tudo que o material tem a oferecer.

Texto: Vinicius Ricardo Tomal
Edição: Renata Bossle

Aftermath é aquele filme que eu poderia ter ignorado, mas que uma segunda olhada me fez parar e algo efetivamente me fisgou. A princípio, foi o crédito de Darren Aronofsky entre os produtores, mas assistir o trailer fez com que eu percebesse que há um belo potencial nessa produção. Espero que o resultado final siga essa tendência e se recuse a colocar as coisas de uma forma preto no branco, lidando, em vez disso, com grandes áreas cinzentas.

Roman (Arnold Schwarzenegger) perdeu sua mulher e sua filha em um terrível acidente aéreo que, aparentemente, foi provocado pela negligência de um funcionário da torre de comando, Jake Bonanos (Scoot McNairy). Ambos vão precisar enfrentar as consequências desse dia, mas cada um a sua maneira e – de certa forma – em franca oposição.

Com direção de Elliott Lester e roteiro de Javier Gullón, o filme deve estrear nos Estados Unidos em 07 de abril. Ainda não há uma data para o lançamento no Brasil.

Vingança amarga.

Nem sempre fazer um filme e exibir um filme são coisas interligadas. É muito comum que produtores precisem batalhar duro para conseguir uma distribuição e, em alguns casos, longas-metragens podem ficar anos na gaveta, apenas esperando pela boa vontade de alguém que os descubra (ou por uma simples brecha no calendário).

Espero que os 10 filmes abaixo, selecionados pelo site IndieWire, não sofram muito mais. Eles foram produzidos em 2016, mas ainda não conseguiram uma distribuição. Inclusive, o conteúdo original dá a dica de onde interessados pelos direitos podem procurar pelas produções.

• My Entire High School Sinking Into the Sea
• Rat Film 
• Una 
• Moka 
• Hermia & Helena (imagem) 
• Kaze ni nureta onna
• Marija 
• Mister Universo 
• I Had Nowhere to Go 
• Fishing Bodies

Só uma questão de tempo.

Eu gosto da ideia da Netflix estar atirando para todos os lados e fazendo muitos filmes, afinal, isso gera oportunidades para novos talentos e abre o mercado de uma forma interessante. Ao mesmo tempo, nada mais parece particularmente especial ou único – especialmente quando estamos falando de comédias.

Handsome é mais um filme sobre um detetive atrapalhado. Gene Handsome (Jeff Garlin, também roteirista e diretor da produção) é um policial de Los Angeles que trabalha com a investigação de homicídios. O detalhe é que sua falta de habilidade para resolver mistérios é igual a sua capacidade de lidar com seus problemas pessoais.

Amy Sedaris, Christine Woods, Steven Weber, Eddie Pepitone e Leah Remini também estão no elenco. A estreia no serviço de streaming será em 05 de maio.

Em busca de um diferencial.

ATUALIZAÇÃO: O trailer do filme também foi disponibilizado e ele apenas reforça a minha percepção de que o longa-metragem pode até ser engraçado, mas ele ainda carece de um toque que o deixe único.

Um bom suspense, personagens de caráter duvidoso – interpretados por um bom elenco – e planos de vingança. Eu diria que My Cousin Rachel tem muitos elementos que, por si só, já garantiriam um bom filme. O visual de época com ares góticos e o fato de ter sido baseado em um livro de Daphne Du Maurier apenas alimentam esse clima e fazem com que eu fique particularmente ansiosa para conferir a produção.

Na trama, um jovem inglês (Sam Claflin) decide se vingar de uma bela prima, Rachel Ashley (Rachel Weisz), que ele acredita ser a assassina de seu guardião. Entretanto, seus sentimentos começam a ficar confusos à medida que ele se permite encantar por ela.

O lançamento da produção no Reino Unido e nos Estados Unidos será em 09 de junho, mas ainda não há uma data para o Brasil. Holliday Grainger e Iain Glen completam o elenco, enquanto a direção e o roteiro são de Roger Michell.

Bela, recatada e perigosa.

Vinte anos se passaram e Trainspotting ainda se sustenta como uma obra tremendamente provocativa e intensa, tendo se tornado um clássico cult dos anos 1990 e colocado Danny Boyle no mapa do cinema mundial. A ideia de uma continuação, apesar de não ser exatamente nova (o próprio autor do romance original, Irvine Welsh, escreveu um livro em 2002 que serve a esse propósito e no qual esse filme levemente se baseia), soa-me tremendamente desnecessária, já que Trainspotting é suficientemente autocontido e qualquer tentativa de fechar buracos pode estragar o tênue balanço em que o filme original se sustenta.

Mas bem, nada que tenha impedido o elenco e boa parte da equipe original de voltarem para T2 Trainspotting, um filme que nos apresenta o que aconteceu tantos anos depois de Renton (Ewan McGregor) trair seus amigos e fugir com uma sacola de dinheiro rumo ao horizonte. Aqui descobrimos que muita coisa mudou, mas outras tantas permaneceram iguais. Begbie (Robert Carlyle) estava preso por homicídio, Simon (Jonny Lee Miller) continua sua carreira na trambicagem e na criminalidade e Spud (Ewen Bremner) sofre com as consequências de décadas de uso de heroína. O equilíbrio desse grupo é quebrado com a volta de Renton para Edimburgo, fazendo que rancores e amizades reaparecem, dividindo os personagens entre seus arrependimentos e a possibilidade de seguir em frente com suas vidas.

É especialmente complicado falar de T2 Trainspotting porque esse é um filme que depende do original. Muitas cenas são repetidas, referências visuais reaproveitadas e diálogos reencenados ou recontextualizados – com diferentes graus de sucesso. Ainda que busque resgatar a essência do que tornou Trainspotting interessante, o novo filme soa por vezes muito forçado – investindo demais na nostalgia –, talvez por não conseguir ser exatamente o seu próprio filme, não tendo aquele frescor que esperávamos dele.

Enquanto seu predecessor é um filme intenso sobre juventude, excessos e descobertas, esse é um filme sobre envelhecer e encarar o passado. Mas a própria ênfase da obra em nos lembrar do que aconteceu demonstra que aqueles personagens talvez sejam incapazes de legitimamente seguir em frente e amadurecer (com a surpreendente exceção de Spud, que tem de longe o mais interessante e tocante arco dramático entre os personagens, distanciando-se do mero alívio cômico que foi no filme de 1996). Ainda que isso tenha todo um sentido metafórico, não é algo que torna o filme exatamente melhor.

T2 Trainspotting é o tipo de longa-metragem que, pelo contraste, consegue enfatizar todas as coisas que tornaram Trainspotting um bom filme. As atuações aqui estão muito mais polidas e compassadas, mas isso faz com que a crueza que tínhamos antes com um elenco jovem e inexperiente se perca. A direção é menos experimental (ainda que no mesmo estilo que hoje esperamos de Danny Boyle), mas também menos impactante e sem nenhuma sequência com o mesmo peso de várias das sequências famosas de Trainspotting. Até mesmo a narração de Renton faz falta, deixando certo vazio nas interações dos personagens.

Não quer dizer que o filme não tenha qualidades, sendo bem realizado e conseguindo capturar bem o sentimento que alguém que se envolveu com o filme na época pode ter ao analisar sua vida atual. Afinal, vemos um período que, como o final do filme bem representa, era repleto de possibilidades e absolutamente incerto, mas que passa a dar lugar a uma espécie de cinismo anestesiado, algo que a vida adulta carrega consigo. Nesse sentido, sim, a nova produção mostra seu valor, dando uma ótica diferente àqueles personagens e acontecimentos, que passam a ser vistos de um futuro que não era necessariamente o desejado.

Se Trainspotting marcou você de alguma forma, essa é uma visão interessante, porém não exatamente necessária daquele universo. Querendo ou não, tudo está diferente e não vai corresponder exatamente o que se espera, podendo decepcionar alguns de seus fãs mais fervoroso. De algum jeito, T2 Trainspotting é uma metáfora para si mesmo, uma tentativa fútil de recapturar um momento mágico no tempo onde tudo ressoava de modo mais verdadeiro e intenso, mas que – ao falhar em fazê-lo – também tem uma série de coisas a dizer.

Outras divagações:
127 Hours
Trance
Steve Jobs

Texto: Vinicius Ricardo Tomal
Edição: Renata Bossle

Embora o ano passado não tenha sido tão impactante para as produções da Austrália quanto 2015 – Mad Max: Fury Road, pessoal! –, ele trouxe diversos títulos interessantes para a história cinematográfica daquele país. Quem sabe disso é o pessoal do The Guardian, que selecionou 10 filmes para ficarmos atentos.

Clique aqui para saber mais e ver os trailers dos filmes citados abaixo.

• Goldstone 
• The Daughter 
• Hacksaw Ridge (imagem)
• Sherpa 
• Girl Asleep 
• Red Dog: True Blue 
• Remembering the Man 
• Ecco Homo 
• Broke 
• Chasing Asylum

Aussies!

A estreia de The Boss Baby está realmente muito próxima – no Brasil, ela será em 30 de março, para ser mais exata –, ainda assim, o filme está precisando apelar em sua divulgação. O detalhe é que, apesar do início forçado, o trailer abaixo é um dos mais interessantes que já vi para essa produção.

A história, basicamente, envolve um menino de sete anos, Tim (Miles Christopher Bakshi), que não está se dando muito bem com seu novo irmãozinho. O detalhe é que o bebê (Alec Baldwin), na verdade, é o CEO de uma organização que está tentando descobrir o porquê das crianças estarem perdendo espaço de mercado para os bichinhos de estimação. Uma preocupação válida, eu diria.

O filme, que tem direção de Tom McGrath, ainda conta com Steve Buscemi, Lisa Kudrow, Tobey Maguire e Jimmy Kimmel no elenco de dubladores.

É tudo sobre marketshare.

Depois de um 2016 marcado apenas por Criminal, Gary Oldman poderá ser visto com um pouco mais de frequência esse ano. E também há aqueles que irão apenas o ouvir, já que o ator segue firme na dublagem de games e tem dois lançamentos programados ainda para esse ano.

Dentro dos próximos meses, o ator deve chegar aos cinemas com The Space Between Us, Hunter Killer, The Hitman's Bodyguard e Darkest Hour (aliás, que transformação inacreditável). Além disso, ele também foi confirmado em Flying Horse, que ainda não tem data de estreia prevista.

Na locadora:
The Fifth Element
Harry Potter and the Order of the Phoenix
Tinker Tailor Soldier Spy
RoboCop

59 anos.

O visual de Early Man não é nenhuma novidade, especialmente se você já viu algum outro filme dirigido por Nick Park na vida. Ainda assim, é sempre bom ver o trailer de uma animação original e o stop-motion dá um charme muito próprio a isso.

A história se passa na época do surgimento dos primeiros homens. Segundo a sinopse oficial, Dug (Eddie Redmayne) é um homem das cavernas particularmente inapto, mas que une sua tribo para que eles possam enfrentar um perigoso inimigo. Ainda assim, você não vai ter muita ideia do tema no trailer, que foca em uma piada e simplesmente apresenta o cenário e o protagonista sem dar muitos detalhes (bom, eles ainda têm tempo para mais materiais de divulgação).

Tom Hiddleston, Maisie Williams, Richard Ayoade, Selina Griffiths, Mark Williams e Timothy Spall completam o elenco de dubladores. A estreia no Reino Unido será em 26 de janeiro de 2018 e ainda não há uma data para o Brasil.

Coelhinho vampiro.