Divagações: Minions

Em seu próprio universo, Minions não é tão criativo quanto Despicable Me , mas é melhor que Despicable Me 2 . Já quando comparado a um s...

Em seu próprio universo, Minions não é tão criativo quanto Despicable Me, mas é melhor que Despicable Me 2. Já quando comparado a um spin-off similar recente, é definitivamente superior a Penguins of Madagascar. Não que o filme dependa de comparações, obviamente. Afinal, mesmo antes da produção ser anunciada, seus personagens já eram um sucesso comercial – e o timing de lançamento foi muito bom, apenas dois anos após o mais recente exemplar da franquia. Para completar, no momento, a única concorrência real nos cinemas é Inside Out, que tem um apelo bem diferente.

O filme expande o mundo vilanesco apresentado pela Illumination Entertainment em 2010. O estúdio, que não lançou nada em 2014, está abrindo caminho para uma investida corajosa, que começa com esse filme, mas segue com quatro projetos diferentes em 2016 – alguns de grande apelo comercial, outros nem tanto – e um em 2017 – Despicable Me 3. Aliás, essa profusão de produções dividiu a dupla de diretores. Pierre Coffin assumiu esse primeiro projeto ao lado de Kyle Balda, enquanto Chris Renaud ficou com o comando de The Secret Life of Pets.

Na década de 1960, os minions Stuart, Kevin e Bob (Pierre Coffin) estão em busca de um novo chefe para livrar sua tribo do tédio. Assim, eles vão a Nova York, onde encontram a malvada Scarlett Overkill (Sandra Bullock/Adriana Esteves). Ela e seu marido-ajudante, Herb (Jon Hamm/Vladimir Britchta), estão tramando um plano para roubar – figurativa e literalmente – a coroa da rainha da Inglaterra (Jennifer Saunders). No entanto, eles não são exatamente agradecidos pela ajuda dos amarelinhos.

Por ser protagonizado por personagens que não falam uma língua inteligível, o filme acaba apelando para a narração e uma grande quantidade de cenas expositivas. Isso funciona bem no começo, já que é contada toda a história da ‘espécie’ e sua evolução (acho que os biólogos vão se divertir com o conceito!), mas o recurso persiste por um pouco mais e acaba cansando. É difícil colocar um equilíbrio!

Basicamente, as cenas introdutórias e a narração são responsáveis pelos momentos mais fofos da história. Depois disso, as músicas, as conversas, as cenas de ação, as caracterizações e, bom, o próprio andamento da trama são apenas desculpas para uma sequência de bobagens divertidas que caracterizam exatamente aquilo que alguém pode esperar de um filme como Minions. Afinal, para que você foi ao cinema?

É claro que o filme se sustenta em uma história fraca, mas os personagens são absolutamente deliciosos. Se você já havia esquecido porque as pessoas usam capinhas de celular, camisetas, chinelos, cadernos e uma imensa variedade de produtos com os personagens, chegou o momento de relembrar.

As crianças pequenas com certeza vão se divertir muito com tudo isso. Em Minions, há bananas, bobagens, ursinhos fofos e muitas danças engraçadas. Os maiores vão adorar ir em galera, comer pipoca e fazer bagunça na sala do cinema. E até os adultos vão poder aproveitar bastante com as referências espertas, a agilidade do filme e todo o contexto que ele proporciona. Não se trata de uma aventura reflexiva, emocional e inteligente como Inside Out, mas é entretenimento da melhor qualidade.

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